O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, discutiu com seus homólogos de Israel e Irã a defesa da “tranquilidade e da paz”, enquanto os líderes mundiais procuram conter o risco de uma guerra regional mais ampla.
Shoukry disse a Becky Anderson, da CNN, que a tensão entre Israel e Irã “não é de forma alguma propício para lidar com as questões e conflitos de longa data na região”.
“Isso nos colocará em um ciclo interminável de represálias que apenas conduzirá a um confronto em maior escala, com consequências muito graves para ambos os povos em ambos os países”, avaliou Shoukry.
Isso acontece após o Irã lançar uma série de ataques contra Israel no fim de semana, em retaliação a um suposto ataque israelense ao consulado de Teerã em Damasco, na Síria.
Enquanto as autoridades de Israel discutem uma possível resposta ao caso, as autoridades regionais e os aliados de Israel alertam contraa escalada nas tensões devido à ofensiva militar na Faixa de Gaza.
As negociações sobre como garantir um acordo de reféns e um cessar-fogo em Gaza estão em andamento, de acordo com Shoukry.
Israel adiou os planos para uma invasão terrestre na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde a maioria dos palestinos foi forçada a fugir de bombardeios.
Quando questionado se o Egito poderia permitir temporariamente a entrada de refugiados de Gaza na sequência da ação militar em Rafah, Shoukry afirmou que o país continuará agindo no melhor interesse do povo palestino.
A deslocação em massa de palestinos causada pela ação militar israelense em Rafah equivaleria a “um crime de guerra”, acrescentou.