Durante uma coletiva de imprensa na sede do Comando Geral da Polícia Militar em São Paulo nesta quarta-feira (17), a PM afirmou que analisou as imagens gravadas por moradores, que mostram PMs mexendo na cena onde houve um tiroteio que deixou um menino de 7 anos ferido em uma comunidade de Paraisópolis, e constatou que não houve violação da cena do crime.
A polícia afirmou que também analisou as imagens das câmeras corporais dos PMs que participaram da ação e os vídeos mostram que os policiais estavam sinalizando o local onde os projéteis estavam.
“Os policiais que aparentemente ali, num primeiro momento, dá a sensação que poderiam estar colhendo estojos… Mas se analisarmos com bastante atenção, vamos verificar que eles estão circulando os locais onde esses estojos foram encontrados e depois fizeram o isolamento do local. Então não há, de acordo com essa análise, nenhum motivo para o afastamento dos policiais”, afirmou o Coronel Macedo, Chefe da Comunicação Social da PMSP.
Questionado se este é o procedimento padrão, o coronel afirmou que o procedimento é “preservar o local do crime”, mas que os PMs podem ajudar sinalizando as provas.
A PM também afirmou que o ferimento no rosto do menino não foi causado por disparos das armas dos policiais. Segundo a corporação, uma tomografia realizada pela criança no hospital não apontou lesão perfuro-contundente (provocado por bala).
A ouvidoria da PM afirmou nesta quarta-feira que abriu um procedimento para investigar o caso e pediu o afastamento dos policiais que participaram da ação.
De acordo com a Secretaria da Segurança Publica (SSP), os policiais estavam em um patrulhamento de rotina na comunidade quando foram recebidos a tiros por suspeitos em uma viela. Um menino de 7 anos que passava pelo local ficou ferido no rosto, por estilhaços. Ele foi levado ao hospital e passa bem.
Vídeos gravados por moradores mostram policiais militares fazendo uma varredura na rua onde uma criança de 7 anos foi atingida por um tiro na cabeça durante uma ação da Polícia Militar, na manhã desta quarta-feira (17), na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista.
O vídeo tem pouco mais de três minutos.
No início da gravação, é possível ver um policial se agachar para pegar algo do chão. No restante do vídeo, os militares continuam caminhando e olhando para o solo. Ao menos dez policiais aparecem na gravação. Veja abaixo.