O Palmeiras, nessa quarta-feira (17), precisou enfrentar o Internacional, pela Série A do Campeonato Brasileiro, na Arena Barueri. O estádio na Região Metropolitana de São Paulo virou a alternativa diante do choque de data com um show realizado no Allianz Parque, casa do time que é administrada pela WTorre. O vice-presidente alviverde Paulo Buosi criticou a necessidade de deixar o próprio estádio e disse que a prioridade no espaço precisa ser o futebol.
“Essa é uma situação que o Palmeiras tem lutado bastante. A gente entende a situação que existe lá com a empresa que faz a administração, mas, ali, a prioridade tem que ser o futebol. A gente tem trabalhado muito com isso, em relação a ser uma prioridade ter jogos”, disse o vice-presidente do Palmeiras.
Após a derrota do Palmeiras para o Internacional, nessa quarta-feira (17), o técnico Abel Ferreira voltou a lamentar o fato de o time precisar jogar na Arena Barueri.
“É um grande prejuízo para o Palmeiras não jogar no Allianz Parque, e a gente vai lutar muito sempre para que isso aconteça com muita frequência, a máxima frequência possível”, acrescentou.
Além do jogo com o Internacional, o Palmeiras já transferiu mais duas partidas da Série A por conta de outros shows no Allianz Parque:
Neste domingo (21), às 16h (de Brasília), o Palmeiras ainda receberá o Flamengo no Allianz Parque com capacidade reduzida. Por conta de apresentações da banda Soweto, o palco não terá tempo hábil para ser desmontado por completo.
Com isso, o setor Gol Norte será interditado. A casa alviverde receberá, no máximo, 29.500 pessoas.
Em condições normais, o Allianz Parque tem capacidade para receber 43.713 torcedores. A redução, portanto, é de 14.213 pessoas.
Após a derrota do Palmeiras para o Internacional, nessa quarta-feira (17), o técnico Abel Ferreira voltou a lamentar o fato de o time precisar jogar na Arena Barueri.
“Não é o motivo (da derrota), mas não é igual quando temos o nosso estádio com 40 mil e quando temos um estádio com 15 mil. Não é igual, mas é isso não é o motivo. Mas, precisamos da energia do nosso torcedor várias vezes. Não foi por acaso que ganhamos o Estadual, mesmo perdendo fora. Jogar no nosso estádio é completamente diferente, a energia é diferente, o respeito do adversário é diferente”, disse.
O contrato assinado entre Palmeiras e WTorre prevê que a empresa é a responsável pela administração da arena, incluindo manutenção do gramado e demais instalações.
A WTorre, pelo que se vê na prática, também tem a prioridade do uso do espaço, em caso de choque de datas entre os jogos do Verdão e shows.
Por conta desses cenários conflitantes, as duas partes vivem uma relação delicada, que se afastou ainda mais nesta temporada. Além da reforma no gramado, que só foi realizada depois que o Palmeiras deixou de jogar na arena, em janeiro, o Palmeiras cobra, na Justiça, R$ 136 milhões – valor está em correção e aumentará, se Verdão tiver ganho de causa.
O clube alviverde entende que a WTorre, através da Real Arenas, empresa criada para gerir o Allianz Parque, deve o montante por não ter feito o repasse para locação de shows, exploração de camarotes e lanchonetes, além dos direitos de naming rights.
A WTorre tem contrato para administrar o Allianz Parque até 2044. No total, a empresa ficará 30 anos com a gestão do espaço, que foi inaugurado em 2014.