Após a divulgação da última pesquisa Datafolha antes das eleições para a Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que aparece com 57% das intenções de votos válidos, disse que se ganhar por apenas um voto “já está ótimo”.
Já Guilherme Boulos (PSOL), que tem 43%, falou em “onda de mudança” e que acredita que o resultado das urnas vai deixar “muito instituto de pesquisa com cabelo em pé”.
A declaração de Nunes foi feita em entrevista na última agenda de campanha do emedebista antes do segundo turno das eleições municipais.
“Eu acho que eu vou ganhar, pelas pesquisas, porque eu não sou negacionista e pelo que eu vi na rua. O que aconteceu em Heliópolis hoje não é normal. Vai ser uma bonita vitória amanhã. Acho que a diferença vai ser maior [do que mostram os números], mas se for de 1% tá ótimo, se for um voto tá ótimo.”
O prefeito ainda disse que acredita que ganhará do adversário com folga. No início da tarde deste sábado, Ricardo Nunes fez uma caminhada pelo bairro Heliópolis, onde foi recebido por militantes.
À tarde, o prefeito assistiu a uma missa na paróquia Assis Valo Velho, na zona sul. Depois do evento religioso, Nunes declarou que “acha que vai ganhar”, mas que “seja feita a vontade de Deus”.
Já Boulos esteve na avenida Paulista ao lado da vice Marta Suplicy, a deputada Luiza Erundina (PSOL) e ministros do governo Lula (PT). À tarde, também fez uma caminhada em Heliópolis. À noite, durante live nas redes sociais, o psolista afirmou que o domingo será marcado como “dia da virada”.
“É o dia que vamos recuperar a esperança e definir o que queremos em uma cidade mais humana, justa e acolhedora.”
Boulos disse que as eleições municipais de São Paulo têm um impacto no Brasil e voltou a afirmar que seu adversário é um fantoche do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Agora, afirmou que, se seu adversário ganhar, não serão apenas mais quatro anos de Nunes no pleito, mas mais quatro da capital paulista sendo governada por Tarcísio e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O deputado disse ainda que tem recebido, de sua equipe, um retorno impressionante de uma virada e criticou as pesquisas, dizendo que “não estão conseguindo captar” sua alta.
Ele voltou a apertar na tecla que a extrema direita propaga o medo pela mudança, mas que pouco a pouco sua campanha conseguiu desmobilizar o sentimento.
“Amanhã, na urna, é você e sua consciência. Sabemos que teve um assédio tremendo, mentiras. Lamento que a Justiça Eleitoral não tenha tomado as decisões que deveria. Amanhã, não está seu patrão, não vai estar o pessoal da prefeitura e nem o vereador do bairro que tenta te coagir a votar no adversário”, afirmou.
Por fim, o candidato pediu para os apoiadores ainda trabalharem durante a noite para virar voto.
“Dá tempo de conversar com as pessoas que conhece e virar voto”, afirmou ele que também incentivou os eleitores a irem votar com camiseta, adesivo e até bandeira do partido. “Isso também ajuda a criar onda na hora H.”