A Natura &Co registrou prejuízo líquido atribuído aos controladores de R$ 7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o lucro de R$ 6,7 bilhões do lucro do mesmo intervalo de 2023.
No critério proforma, a companhia registrou lucro líquido de R$ 524 milhões, ante R$ 1,13 bilhão no terceiro trimestre de 2023.
O ajuste de portfólio também se refletiu na composição da receita da companhia, que passou a ser composta apenas pela Natura &Co América Latina. A receita líquida consolidada cresceu 6% no comparativo anual, para R$ 18,5 bilhões. Desconsiderando as operações argentinas, o crescimento seria de 11,3%, em moeda constante.
A companhia afirma que a marca Natura registrou crescimento de 19,4% no Brasil, respondendo por boa parte da expansão. As operações da marca Avon também cresceram no Brasil, enquanto nos mercados vizinhos o desempenho foi ruim e ofuscou parte do bom desempenho da marca Natura.
De acordo com o relatório de resultados, a expectativa é de que a integração de Avon e Natura seja concluída em 2025 no México e na Argentina, contribuindo para a expansão de margens.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) entre junho e setembro somou R$ 659,2 milhões, alta de 87,6%, com margem Ebitda de 11%, ganho de 4,1 pontos percentuais.
O Ebitda recorrente, desconsiderando os efeitos não-recorrentes, ficou em R$ 210,8 milhões, queda de 4,6%. Já a margem Ebitda recorrente foi de 14,6%, ganho de 3,4 pontos percentuais.
O nível de alavancagem, medida pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em 1,5 vez ao final do trimestre. A Natura &Co aponta que a dívida somou R$ 3,7 bilhões em razão da desconsolidação da API dos resultados, ante um caixa de R$ 15 milhões no terceiro trimestre de 2023.