O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a pasta criou um grupo de trabalho para monitorar a possível variação nos preços do petróleo em meio à escalada do conflito no Oriente Médio, agora entre Irã e Israel.
De acordo com Silveira, o assunto foi debatido na manhã desta segunda-feira (15) e que, em meio a crises internacionais, o país sofre diretamente com restrições à comercialização e produção de petróleo. “É importante que estejamos atentos”, pontuou.
O grupo é responsável por identificar os impactos do conflito e as possíveis consequências para o mercado petroleiro, que podem gerar efeito cascata nos preços de combustíveis no Brasil.
Segundo o ministro, a pasta “está debruçada” nos impactos do conflito sobre os preços do petróleo. “Hoje cedo fiz uma reunião na secretaria de petróleo, gás e biocombustíveis a fim de que a gente possa, num grupo que acabei de criar de monitoramento permanente da oscilação do preço do brent (petróleo produzido no Oriente Médio)”, disse em coletiva de imprensa nesta segunda.
Além disso, o ministro falou que o grupo vai agir respeitando a governança do setor privado e da própria Petrobras.
Silveira também afirmou que vai procurar a Petrobras para garantir que qualquer impacto não seja sentido imediatamente pelos consumidores brasileiros.
Mesmo assim, o ministro disse ter esperança de que os ataques não escalem. “Como os conflitos estão em fase de ensaio e não temos elementos concretos que apontem caminho desastroso, quero crer que, diante de tantos desafios que vivem o mundo e problemas reais, que os grandes líderes mundiais terão responsabilidades com o planeta”, pontuou.
O Irã lançou um ataque sem precedentes de drones e mísseis em grande escala contra Israel na noite de sábado (13), em retaliação a um suposto ataque israelense a um complexo diplomático iraniano na Síria, aumentando a perspectiva de um conflito regional total.
Mais de 300 projéteis – incluindo cerca de 170 drones e mais de 120 mísseis balísticos – foram disparados contra Israel em um imenso ataque aéreo durante a noite, mas “99% deles” foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea de Israel e seus “parceiros”, de acordo com os militares israelenses.