O grupo armado libanês Hezbollah disparou dezenas de foguetes contra o norte de Israel na madrugada de domingo (4), noite de sábado no Brasil. De acordo com comunicado do grupo, o alvo dos disparos foi Beit Hillel, moshav (comunidade agrícola) localizado no extremo norte de Israel próximo à fronteira libanesa e às Colinas de Golã.
Não havia informações sobre vítimas ou danos causados pelos ataques, que ocorrem em um dos momentos de maior tensão no Oriente Médio.
Mais cedo no sábado, Estados Unidos e Reino Unido haviam orientado que seus cidadãos no Líbano deixassem o país o mais rápido possível. “As tensões estão elevadas e a situação pode se deteriorar rapidamente. Minha mensagem aos cidadãos britânicos ali [Líbano] é clara: saiam já”, disse o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy.
O Hezbollah afirmou que os ataques são uma resposta a bombardeios israelenses no sul do Líbano. Trata-se de uma das principais ações do grupo libanês contra Israel desde o início da mais recente onda de hostilidades na região, iniciada pelos ataques do grupo terrorista palestino Hamas que deixaram cerca de 1.200 mortos no sul israelense em 7 de outubro de 2023.
Desde então, a guerra conduzida por Israel na Faixa de Gaza deixou ao menos 39,5 mil mortos. Ao norte, o Exército israelense e o Hezbollah — aliado do Hamas e do Irã — vêm lutando uma guerra de atrito que já deixou dezenas de mortos.
Na semana passada, um projétil atingiu um campo de futebol e deixou 12 mortos, incluindo crianças, em Majdal Shams, nas Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel em 1967. Tel Aviv culpou o Hezbollah pela ação, que negou a autoria do disparo.
Na terça-feira (30), um ataque reivindicado por Israel matou o comandante operacional do grupo, Fuad Shukr, em Beirute — a ação havia deixado ao menos três mortos, incluindo duas crianças, e 72 feridos, se acordo com as autoridades libanesas.
Já na quarta-feira (31), o líder da ala política do Hamas foi assassinado em Teerã horas após participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Irã e o Hamas prometeram punir Israel pela ação; Tel Aviv não confirmou nem negou a autoria do ataque.