O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse, nesta quarta-feira (17), que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que disciplina a participação de militares em eleições não tem como foco “depreciar a carreira”.
“Ao contrário, visa a fortalecê-la como carreira de Estado, preservando seus pilares fundamentais: a hierarquia e a disciplina”, completou.
As declarações foram dadas em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados. A PEC está tramitando no Senado.
Ainda de acordo com o ministro, a proposta visa evitar que os militares da ativa pratiquem o “proselitismo político” nos quartéis.
“[Objetivo é] Permitir que as Forças Armadas, que oferecem uma carreira baseada em serviço e vocação, não sejam influenciadas pelo fervor das disputas políticas”, afirmou.
O ministro aproveitou a audiência para apresentar um panorama do orçamento destinado à Defesa, que neste ano corresponde a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). A média mundial é de 2,3%.
“Nosso índice, portanto, está bem abaixo desses patamares […] Por tudo isso, estamos estudando as possibilidades e sensibilizando os atores políticos quanto à necessidade de haver uma melhor previsibilidade orçamentária para a condução dos projetos estratégicos”, concluiu Múcio.